A Civilização Egípcia

A civilização egípcia desenvolveu-se entre 3500 a.C. e 525 a.C., concentrada ao longo do rio Nilo, entre os desertos da Arábia e da Líbia, no nordeste do continente africano.

Rio Nilo

A civilização egípcia deve a sua existência a este rio. Era o Nilo com as suas cheias periódicas e constantes, que alagavam as suas margens e arrastavam consigo detritos aluviais, que fertilizavam o solo desta zona. As terras eram depois lavradas e semeadas, quando o rio voltava ao seu leito normal. Foram ainda construídos diques e canais, para aproveitar melhor o rio e assim ficaram criadas condições favoráveis ao desenvolvimento da agricultura.

 A economia egípcia era assim, uma economia essencialmente agrária, pois a agricultura era a sua actividade principal, cultivavam cereais (trigo, centeio, cevada), linho, legumes e frutos e colhiam o papiro, com que fabricavam uma espécie de papel. Praticavam, também a pecuária, a caça e a pesca, e ainda o artesanato (olaria, cestaria, ourivesaria, vidro, metalurgia, etc).

O Rio Nilo era ainda uma importante via de comunicação, que facilitava o comércio com os vizinhos, nele e nos seus canais circulavam embarcações transportando pessoas e mercadorias.

Sociedade

A sociedade egípcia era uma sociedade estratificada, formada por vários escalões, dividindo-se em dois grandes grupos  : os privilegiados e os não privilegiados. Podendo representar-se como uma pirâmide:

- No cume estava o Faraó ( o ”deus vivo” dos egípcios) e a sua família.

- Seguindo-se os Sacerdotes, que ocupavam um lugar especial pois a sua função religiosa dava-lhes um grande prestigio, e ainda os Nobres e os Altos Funcionários, que eram uma minoria rica e poderosa.

- Depois eram os Escribas, que contabilizavam as colheitas, cobravam impostos, dominavam a escrita, o cálculo e as leis, logo tinham uma posição privilegiada e de prestigio.

- Logo de seguida eram os Soldados, que por vezes recebiam dádivas do faraó e tinham direito ao saque durante as conquistas.

-De seguida eram os Camponeses, a maioria da população que tinha que pagar impostos ao faraó aos sacerdotes e aos senhores, e entregavam aos donos das terras quase tudo o que produziam. Os Comerciantes, que viviam um pouco melhor mas eram controlados pelo Estado. E os Artífices que estavam dependentes de encomendas.

- Na base da pirâmide estavam os Escravos, que não tinham quaisquer direitos e eram forçados ao trabalho, Será deles quase todo o trabalho das grandes construções.

Política

 O Egipto foi governado por faraós sob a forma de uma monarquia teocrática.  O faraó era o herdeiro dos deuses e ele próprio considerado um “ deus vivo “, filho de Rá, deus do Sol.

A sua autoridade era sagrada e absoluta, era rei e deus. Era sumo-sacerdote, juiz supremo, chefe dos exércitos e tinha poder de vida ou de morte sobre os seus súbditos.

Religião

Os egípcios eram politeístas, acreditavam na existência de diversos deuses, aos quais prestavam culto. Acreditavam também na imortalidade da alma, que era julgada por Osíris, e na reencarnação, por isso construíam túmulos e templos grandiosos (pirâmides) e embalsamavam os corpos (múmias).

Cultura, Arte e Ciência

Os egípcios desenvolveram um sistema de escrita, que se chamou de escrita hieroglífica, que se baseava em símbolos, os hieróglifos, que mais tarde evoluiu, para a escrita hierática (usada pelos sacerdotes) e depois ainda para outra, a escrita demótica (usada pelos escribas).

Esta civilização, destacou-se pelo seu interesse pela astronomia, tendo criado um calendário. A construção dos diques e canais levou os egípcios a aprofundarem os seus conhecimentos na matemática, geometria e agrimesura.

A mumificação e embalsamamento, permitiram um melhor conhecimento do corpo humano.

A arte egípcia manifestou-se, principalmente, na construção de palácios ( local onde viviam os faraós e suas famílias), templos ( onde se celebrava o culto aos deuses) e túmulos ( monumentos funerários, onde de guardavam os corpos mumificados) de grande dimensão que está ligada ao poder absoluto e divino do faraó. É uma arte monumental e de inspiração religiosa revelando gosto pelo grandioso, pelo duradouro e pelo eterno, sendo as pirâmides o maior exemplo.

Dedicaram-se ainda à pintura, escultura, e artes decorativas como a joalharia e a olaria.

Bibliografia:
Wikipédia
Infopédia

Trabalho realizado por:
Carolina Barroso